As primeiras marcas sobre Lusitana 3 do Porto dos Cacos foram publicadas por J. RAPOSO (1990), tendo este hábito epigráfico merecido uma primeira abordagem sistemática por A. GUERRA (1996).
Posteriormente, FABIÃO & GUERRA (2004) desenvolveram a análise da onomástica presente neste centro oleiro do vale do Tejo, bem como na única marca conhecida no vale do Sado, recolhida no centro produtor da Quinta da Alegria. Só nestas olarias há marcas conhecidas para este tipo anfórico (fig. 7).
Os autores mencionados apresentam duas hipóteses interpretativas para o surgimento no vale do Sado do oleiro Germanus, largamente maioritário no vale do Tejo: a marca proveniente da Quinta da Alegria atesta uma importação ou, por outro lado, prova que este oleiro terá trabalhado com vigor no Porto dos Cacos, mas com uma sucursal na Quinta da Alegria. Esta segunda hipótese levanta de imediato uma outra – a de que o nome impresso não se refira ao oleiro, mas sim ao produtor do conteúdo.
Figura 7 – Marcas de oleiro sobre Lusitana 3 no centro produtor do Porto dos Cacos, baixo Tejo (RAPOSO, 1990, fig. 28 nºs 7, 9, 6, 8, 12, 10): CERMAN (1), CER F (2), GERMANI GERMANI (3), CERMAN em retro (4), CLARIANI (5) e RVSTICI (6) |
FABIÃO & GUERRA (2004) sistematizam assim as marcas sobre este tipo, as quais evidenciam a presença de cognomina (em nominativo, genitivo ou nominativo + fecit), à excepção de TMAN, que poderá relacionar-se com um tria nomina:
PIMENTA & MENDES (2006, fig. 4, n.º 3 e fig. 5) ilustram uma marca truncada num fragmento de asa provavelmente desta forma, com a leitura possível de LTROIAN.
BERNAL CASASOLA (2011) publica também um exemplar de asa de Lusitana 3 com a marca GERMAN/GERMAN, bilinear, aparecida em Carteia (San Roque, Cádis).