Estas ânforas terão sido produzidas desde os meados do séc. I até ao séc. III. A natureza das intervenções arqueológicas realizadas não permite precisar esta cronologia geral com dados contextuais mais seguros.
Na Lusitânia, as áreas onde se produziu este tipo correspondem principalmente ao Vale do Tejo e ao estuário do Sado (ver ficha Dressel 14 Lusitânia ocidental).
No território algarvio, esta forma foi produzida no forno identificado ainda no séc. XIX por Leite de Vasconcellos, no sítio de Olhos de S. Bartolomeu de Castro Marim (VASCONCELLOS, 1898, 329-336; MAIA, 1979, 141-144; ALVES; DIOGO & REINER, 1990, 193-198), no sítio romano da Manta Rota (Vila Real de Santo António (VASCONCELLOS, 1920, 229; VIEGAS 2006, 177-196; DIAS et alii, 2009, 83-91), e no que corresponde ao maior complexo produtivo conhecido na Lusitânia meridional: o sítio do Martinhal (Sagres) (SILVA, SOARES & CORREIA, 1990, 225-246; DIAS, 2009; BERNARDES et alii, 2013, 317-329). A informação disponível acerca destes distintos locais é muito desigual mas trata-se, em qualquer dos casos, de sítios de produção que perduraram até ao Baixo Império (Ver também FABIÃO, 2004, 397-401).