A ânfora Almagro 51 c foi produzida entre o séc. III e o séc. V.
post quem: último quartel do século II d.C.
ante quem: Primeiras décadas do século V d.C. Em centros de consumo, contudo, regista-se a presença de materiais desta forma em contextos mais tardios, à semelhança do que sucede com as produções algarvias (ver ficha da Almagro 51c da Lusitânia meridional). Sobre a questão da eventual continuidade desta e de outras produções anfóricas lusitanas em pleno século VI, ver FABIÃO, 2009, 558.
As ânforas Almagro 51 c foram produzidas tanto na Lusitânia, nos vales do Tejo e do Sado e na costa algarvia, como na Bética.
A produção de Almagro 51c na Lusitânia ocidental encontra-se testemunhada nos fornos do vale do Tejo, designadamente no Porto dos Cacos (Alcochete) (RAPOSO, 1990; RAPOSO & DUARTE, 1996; GUERRA, 1996; SABROSA, 1996) e na Quinta do Rouxinol (DUARTE, 1990; DUARTE & RAPOSO, 1996). No vale do Sado foi manufacturada nos fornos do Zambujalinho (Palmela) (FERNANDES, 1992; FERNANDES & CARVALHO, 1996), Quinta da Alegria (Setúbal) (COELHO-SOARES & SILVA, 1979), Herdade do Pinheiro (MAYET & SILVA, 1998), Abúl (Alcácer do Sal) (MAYET & SILVA, 2002) Enchurrasqueira (MAYET, SCHMITT & SILVA, 1996, 50 e 97) e Vale da Cepa (DIOGO, 1983) (ver ainda FABIÃO, 2004).
Este contentor foi igualmente produzido na província da Bética (Ver ficha Almagro 51c costa da Bética) e na Lusitânia meridional: na Quinta do Lago (Loulé) (ARRUDA & FABIÃO, 1990, figs. 60-61), na Manta Rota (VIEGAS, 2006, 177-196), em S. Bartolomeu de Castro Marim (VASCONCELOS, 1898, 329-336; ALVES, DIOGO & REINER, 1990, fig. 56) e no Martinhal (Sagres) (SILVA, COELHO-SOARES & CORREIA, 1990; BERNARDES et alii, 2013) (ver ficha Almagro 51c – Lusitânia meridional).