Conforme descrito na secção referente à tipologia, esta ânfora de grandes dimensões e pança cilíndrica teve variações nítidas mas essencialmente ao nível do bordo.
Em meados e na segunda metade do século III, a ânfora Sado 1 distingue-se pelo seu bordo alto e levemente oblíquo ou encurvado, de topo muitas vezes plano, e com a secção de espessura relativamente regular mas por vezes levemente espessado no topo. O fundo moldurado ou bilobado é tendencialmente oco (fig. 6).
Na primeira metade e em meados do século IV aparecem exemplares de transição entre as variantes A e B e que são por vezes apontados como variante A/B. Têm o bordo geralmente mais curto, levemente oblíquo ou encurvado como na fase anterior, mas agora mais espessado e por vezes já com tendência a amendoado. O fundo continua a ser geralmente oco mas agora com mais relevo no exterior (fig. 7).
Nos meados do séc. IV até à primeira metade do séc. V, o bordo da Sado 1 deixa de apresentar a forma oblíqua da variante mais antiga (A) para se tornar mais espessado e amendoado com um colo estrangulado. O corpo continua a ser genericamente barrilóide ou cilíndrico e os fundos mantêm a sua forma de botão estriado. Nesta fase, o fundo tende também a ser preenchido.
No que respeita à “variante tardia” da Sado 1, também da primeira metade do século V, a sua principal característica reside no bordo mais estreito do que as variantes anteriores que lhe confere uma forma menos moldurada. Precisamente pela reduzida altura deste tipo de bordo, as asas tendem a partir um pouco mais abaixo do que as das variantes anteriores, de forma a ligarem-se ao colo da ânfora. Os fundos, apesar de manterem a sua forma em botão, parecem abandonar as molduras provocadas pelas estrias para se tornarem mais arredondados.
Borde: alto, levemente aberto, direito ou encurvado na variante A, espessado e/ou amendoado na variante B.
Cuello: muito curto ou quase inexistente.
Asa perfil: curva não ultrapassando 1/4 de círculo.
Asa sección: espessa, arredondada, oval ou elíptica.
Hombro: descaído.
Cuerpo: cilíndrico.
Base: em botão bilobado e/ou moldurado.
Figura 10: Capacidade das ánforas Sado 1 da necrópole da Caldeira de Tróia. 1: sep. 63-A (inédita); 2: sep. 89 (fig. 4, nº 2,); 3: sep. 56-A, (fig. 5, nº 5); 4: sep. 72 (fig. 5, nº 4); 5: sep. 103; 6: sep. 65 (fig. 5, nº 3) (Volume calculado a través de software de desenho 3D com base nos desenhos e reconstituições das ânforas (segundo Almeida, 2008). Modelo realizado por Rui de Almeida e Francisco L. Fraile) |
Metrology | Value |
---|---|
Maximum height (cm) | 90 |
Maximum width (cm) | 42 |
Maximum rim diameter (cm) | 12-20 |
Container weight (kg) | - |
Typical Capacity (Lt) | - |