A Lusitana 9 é uma ânfora pequena, de boca larga e fundo plano e anelar. Facilmente confundível com exemplares de cerâmica comum quando fragmentada, teve como primeiro descritor D. DIOGO (1987). Na investigação relacionada com as olarias do Sado, preferiu-se designar este tipo como Sado 2 (MAYET & SILVA, 1998). Por isso, é hoje comum a associação Lusitana 9 / Sado 2 na bibliografia arqueológica portuguesa.
Figura 1 – Exemplares de Lusitana 9: 1. Porto dos Cacos (ALARCÃO, 1997, 158); 2. Tróia, colecção MNA (foto Museu Nacional de Arqueologia / João Almeida); 3 e 4. Quinta do Rouxinol (fotos Ecomuseu Municipal do Seixal /João Almeida) |
Com uma altura de 50 a 60 cm, a Lusitana 9 apresenta bordo extrovertido pouco diferenciado (figs. 2, 3 e 4, n.º 1), por vezes espessado, em aba e com ligeira depressão na face superior (fig. 4, nº 2). O colo é praticamente inexistente e o corpo assume duas formas: uma barrilóide, sem ombro (fig. 1, n.ºs 1 e 2, fig. 2 e fig. 4, n.º 2); outra piriforme, com ombro suave (fig. 1, n.ºs 3 e 4, fig. 3 e fig. 4, n.ºs 1 e 3). Termina em fundo também pouco diferenciado, largo e anelar. As asas são de fita e pegam no bordo, apresentando por vezes sulcos longitudinais.
Figura 2 – Exemplar de Lusitana 9 do vale do Sado (DIOGO, 1987, 190, fig. 6, n.º 9) | Figura 3 – Exemplar de Lusitana 9 da Quinta do Rouxinol (DUARTE & RAPOSO, 1996, fig. 3, nº 4) |
Figura 4 – Exemplares de Lusitana 9 do Porto dos Cacos (RAPOSO & DUARTE, 1996, fig. 6, nºs 2, 1 e 3) |