Existem evidências para a produção desta forma na primeira metade do séc. I, tanto no Tejo, a partir dos dados do Porto dos Cacos (Raposo, Sabrosa e Duarte, 1995, 340), como no Sado (Silva, 1996), onde a produção da Quinta da Alegria terá tido início no 2.º quartel do séc. I.
Com base na informação dos dados sadinos, F. Mayet e C. T. da Silva classificam estas primeiras produções como variantes A e B, que datam da 1.ª metade do séc. I, com predomínio da Variante B na segunda metade desse século (Mayet e Silva, 1998, 63). Segundo os mesmos autores, uma Variante C teve grande difusão durante praticamente todo o séc. II (Mayet e Silva, 1998, 63).
Ainda no Sado, regista-se a presença de uma “Dressel 14 tardia” no período que marca a transição entre os séculos II e III (Mayet e Silva, 1998, 119; Mayet e Silva, 2009, 63).
Estudo crono-estratigráfico recente dos materiais das fábricas de salga de Tróia (Setúbal) aponta para a presença simultânea das denominadas variantes B e C nos contextos que preenchem um período entre o séc. I e os meados do séc. III (Almeida et alii, no prelo).
Na Lusitânia, as áreas onde se produziu este tipo correspondem ao Vale do Tejo estando presente nos fornos da Garrocheira –Benavente- (Amaro, 1990), em Porto Sabugueiro –Muge- (Cardoso, 1990), no Porto dos Cacos –Alcochete- (Raposo, 1990; Raposo e Duarte, 1996); e no estuário do Sado nos fornos do Zambujalinho, Marateca –Palmela- (Fernandes e Carvalho, 1996); no Largo da Misericórdia –Setúbal- (Silva, 1996); na Quinta da Alegria –Setúbal- (Coelho-Soares e Silva, 1979); no Pinheiro (Almeida, Zbyszewski e Ferreira, 1971; Mayet e Silva, 1998 e 2009), em Abúl (Mayet e Silva, 2002), Xarrouqueira/Vale da Cepa, Bugio e Barrosinha -todos em Alcácer do Sal- (Mayet, Schmitt e Silva, 1996) -ver ainda Fabião, 2004-. Esta produção encontra-se igualmente atestada no território algarvio (ver ficha Dressel 14 Lusitânia Meridional).