A maior parte da epigrafia anfórica registada na Lusitânia encontra-se na fase mais antiga da produção e, particularmente, nesta forma de ânfora, sendo a compilação mais recente da autoria de C. Fabião e de A. Guerra (FABIÃO & GUERRA, 2004).

Abundante nas produções do Vale do Tejo e do Sado, o hábito epigráfico não é tão frequente no que se refere às produções algarvias. Assim, apenas assinalamos a presença do seguinte testemunho, proveniente de S. Bartolomeu de Castro Marim.

1) LFT, directa, cartela simples, in collolitt. stantibus. (figura 3). Sem dados concretos mais precisos, aponta-se a possibilidade desta marca ser datada do século I ou II d.C. (MAIA, 1979; FABIÃO & GUERRA, 2004, 235). O facto de se tratar, muito possivelmente, de um tria nonima levou, posteriormente, R. Morais e C. Fabião a levantar a possibilidade de estarmos perante um exemplar correspondente às produções das fases mais antigas da Lusitânia (MORAIS & FABIÃO, 2007, 131).

Figura 3 – Marca LFT em ânfora Dressel 14 de S. Bartolomeu de Castro Marim (MAIA, 1979, Est. IV nº 1-3)

Os grafitos ante coctorum são conhecidos no centro produtor do Martinhal, sendo formados por traços diagonais colocados no colo dos recipientes (BERNARDES et alii, 2013, Fig. 5, nº 1 e 2). Num dos casos, observam-se dois traços na diagonal que incluem outros três (IBIDEM, Fig. 5, nº 3) (figura 5).