A ânfora Almagro 51 c foi produzida entre o séc. III e o séc. V.
post quem: Não foi possível estabelecer a data mais antiga para a produção desta ânfora com precisão, mantendo-se a cronologia geral atribuída - o século III - como válida.
ante quem: As diversas informações disponíveis permitem afirmar que o centro produtor do Martinhal não terá laborado em data posterior à primeira metade do século V (BERNARDES et alii, 2013, 327) e a fase de maior intensidade de ocupação do sítio da Quinta do Lago terá ocorrido entre o século III e os fins do século IV, embora tenha permanecido a actividade até ao século V (ARRUDA & FABIÃO, 1990, 200-207).
Em contextos de consumo, as derradeiras ocorrências desta forma no território algarvio encontram-se documentadas em Lagos, na fábrica de salga da Rua Silva Lopes que apresenta unidades estratigráficas datadas da primeira metade do séc. VI (RAMOS, ALMEIDA e LAÇO, 2006, 83-100; RAMOS et alii, 2007, 85-98). Contudo, trata-se de informação que deverá de ser validada/reforçada no futuro com novas ocorrências, em contextos desta época, noutras regiões (sobre esta questão ver também FABIÃO, 2009, 30).
A ânforas Almagro 51c foram produzidas na Lusitânia ocidental: no Vale do Tejo, no Vale do Sado (Ver ficha do tipo Almagro 51c Lusitânia Ocidental), na costa algarvia e na Bética.
Na costa algarvia (Lusitânia meridional) este tipo encontra-se atestado na em S. Bartolomeu de Castro Marim (VASCONCELLOS, 1898, 329-336; ALVES, DIOGO & REINER, 1990, fig. 56); na Manta Rota (VASCONCELOS 1920; VIEGAS, 2006, 177-196); na Quinta do Lago (Loulé) (ARRUDA & FABIÃO, 1990, fig. 60-61), e no Martinhal (Sagres) (SILVA, SOARES & CORREIA, 1990; DIAS, 2009; BERNARDES et alii, 2013) (ver também FABIÃO, 2004).