Haltern 70 (Western Lusitania)

Time interval

Provavelmente entre 50/30 a.C. e 25 d.C.

No Monte dos Castelinhos, Vila Franca de Xira, foram recolhidos alguns fragmentos de bordo (fig. 7, nºs 11 a 13) em contextos estratigráficos datados entre 50 e 30 a.C. (Pimenta, no prelo). No Castelo da Lousa (Mourão, Évora), existem igualmente vários exemplares de bordo de Haltern 70 Lusitana em contextos estratigráficos de meados do séc. I a.C. a início do séc. I (Morais, 2004, 2010; Morais & Fabião, 2007). Em Santarém surgem em contextos que vão desde Augusto ao segundo quartel do séc. I d.C. (Arruda et alii, 2006).

Origin

Com excepção da olaria do Morraçal da Ajuda, Peniche (Cardoso & Rodrigues, 2005; Cardoso et alii, 2006), e dos Fornos da Parvoíce, Alcácer do Sal (Pimenta et alii, no prelo), onde foi seguramente produzida, desconhecem-se os centros produtores onde se fabricaram ânforas de tipo Haltern 70 Lusitana. Contudo, tendo em conta as características dos grupos de fabrico descritos em alguns dos conjuntos anfóricos publicados (como são os casos dos conjuntos de Santarém (Arruda et alii, 2006), Teatro Romano de Lisboa (Filipe, 2008a), Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros (Dias et alii, 2012) e Alcácer do Sal (Pimenta et alii, 2006; Pimenta et alii, no prelo), entre outros), pode-se afirmar que aquela forma terá sido produzida em olarias situadas nos vales dos rios Tejo e Sado, embora se desconheça ainda a sua exacta localização.

Figura 3- Exemplares de bordo de Haltern 70 produzidos na olaria do Morraçal de Ajuda (Cardoso et alii, 2006)